'Galera está pirando’: autora de 'Vale Tudo', Manuela Dias desabafa sobre críticas e revela perfil fake para acompanhar reações na web
Publicado em 28 de maio de 2025 às 22:17
Por Luiz Eugênio de Castro | Reality show, redes sociais e TV
Leonino apaixonado por entretenimento e cultura pop! Filho legítimo de Britney Spears e obcecado pela Anitta, claro!
Durante evento no Rio, roteirista revelou que acompanha os comentários negativos sobre a novela de forma anônima: 'Fico alucinada de ódio'. Eita!

No centro de uma tempestade de críticas desde a estreia do remake de "Vale Tudo", Manuela Dias revelou um segredo inusitado: mantém um perfil falso no X (antigo Twitter) para acompanhar, de forma anônima, as reações do público à novela que assina. A confissão veio durante sua participação no Rio2C, um dos maiores eventos de criatividade da América Latina, realizado no Rio de Janeiro.  5m4y19

Em meio a um ao lado dos também autores Rosane Svartman (Dona de Mim) e George Moura (Guerreiros do Sol), a autora expôs a intensidade emocional que vive nos bastidores da produção e sua relação conturbada com o retorno do público.

Autora de 'Vale Tudo' ite perfil fake para ler críticas sobre novela

"Fico alucinada de ódio. Aí tenho uma conta fake no Twitter... Totalmente maluca. Isso porque não tenho esse distanciamento, nem maturidade... Mas gosto de ouvir, o que é possível, porque a forma de engajar está complicada. É muito violenta, louca, catártica, a galera está pirando geral", revelou Manuela, sem disfarçar o desconforto com a enxurrada de críticas que recebe diariamente. Eita!

O remake, que ocupa a cobiçada faixa das 21h na TV Globo, é visto por cerca de 60 milhões de pessoas semanalmente, mas, apesar do alcance, não tem conseguido driblar o descontentamento do público – especialmente nas redes sociais. 

A novela, tida como um dos grandes clássicos da teledramaturgia nacional, foi originalmente escrita por Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères em 1988 e se tornou referência em crítica social sofisticada, com personagens ambíguos e diálogos de impacto sutil. No entanto, a nova versão tem sido acusada de transformar esse legado em panfleto didático.

'Leio coisas horroras que não sou capaz de falar'

O episódio exibido em 6 de maio é um exemplo disso: no esperado embate entre Solange (Alice Wegmann) e Odete Roitman (Debora Bloch), o que deveria ser um momento potente de confronto ideológico se tornou alvo de deboche. A fala "eu sou a resistência", lançada por Solange, e o diagnóstico de "narcisismo" feito por Afonso (Humberto Carrão) à própria mãe foram duramente criticados por parecerem deslocados, artificiais e excessivamente expositivos.

Ao comentar sobre essas e outras reações, a autora reconheceu o peso das palavras que lê: "Quando entro no meu fake, no Twitter, leio coisas horrorosas que não sou capaz de falar, de repetir, de xingamento, é muito desafiador ouvir. A forma é tão pesada, que falo: 'Caramba, que dificuldade minha de destilar isso e realmente ouvir'. E tem gente maravilhosa, engraçada, incrível e que fala coisas ótimas", ponderou.

Manuela também comparou sua postura com a de Rosane Svartman, colega de emissora, a quem considera mais preparada emocionalmente para lidar com a crítica digital. "Essa coisa que o hater é o novo lover, tem essa confusão agora, essa coisa do engajar...", refletiu, apontando para a distorção atual entre visibilidade e aprovação nas redes.

Autora desabafa sobre peso do remake: 'Tem que funcionar'

Apesar da turbulência, a roteirista demonstrou consciência da responsabilidade que carrega ao uma adaptação tão icônica. "É um produto caro, é um negócio que tem que funcionar!", enfatizou, ao reconhecer a pressão enfrentada. E itiu ter aceitado o convite da Globo de maneira impulsiva: "Eu aceitei em meio segundo. Não pensei nem por um minuto: 'Meu Deus, será que isso não é uma roubada?'. Fiquei felicíssima na hora, gente, totalmente coitada".

A novela tem tropeçado ao tentar traduzir temas atuais com a mesma elegância que a versão original aplicava ao retratar os dilemas sociais dos anos 1980. O resultado, por enquanto, tem gerado mais memes do que comoção. “Que bom que eu aceitei!”, disse ela ao fim do , ainda com esperança. “Vai ser tipo fazer um PhD, porque eu vou ter que estudar essa novela, vai ser como fazer uma espécie de mestrado”. Mas até aqui, a defesa de tese tem sido dura. E o júri, impiedoso.

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