





Enquanto algumas novelas são esquecidas horas depois da exibição do último capítulo, outras permanecem no imaginário do povo há meses, anos ou décadas. 39536q
O remake de 'A Viagem' é um dos máximos exemplos que não sai da cabeça do povo - em comparação com 'Mulheres de Areia', outro fenômeno que ganhou nova adaptação nos anos 90.
A trama escrita por Ivani Ribeiro voltou à grade da TV Globo no Vale a Pena Ver de Novo neste 12 de maio, sucedendo 'Tieta', que conquistou bons índices de audiência desde dezembro.
'A Viagem' não decepcionou na estreia, pelo contrário. Como esperado, a reprise mostrou a força atemporal da história de Diná (Christiane Torloni) e sua turma. A reexibição inicial registrou 17,3 pontos na Grande São Paulo, conquistando pico de 19,2 em determinado momento, número expressivo para a faixa horária.
Esta é a sexta reprise da novela às telas. Além da exibição atual, 'A Viagem' esteve no Vale a Pena Ver de Novo em 1997 e 2006. No Canal Viva, que será chamado de Globoplay Novelas, ganhou três exibições: em 2014, 2021 e 2024.
Vale lembrar que, em 2024, quando a novela de Ivani Ribeiro completou 30 anos no ar, a Globo rejeitou sua transmissão na TV aberta com medo de baixa audiência. O grande empecilho seria o público evangélico e conservador, que não aceitaria assistir a uma trama que aborda almas, amores de outras vidas e reencarnações.
Mas, e agora, será que não está na hora de retomar a produção de novelas do gênero">Vitória Strada contou a história envolvente de amor que atravessa diferentes vidas, com forte apelo emocional.
A ausência de novelas do gênero na última década evidencia uma decisão estratégica da emissora que parece ter priorizado interesses comerciais, deixando de lado o que ecoa no sentimento do público.
Intencionalmente ou não, a volta de 'A Viagem' deve reacender essa chama apagada. Em termos de intolerância e ansiedade, tramas com base em valores espirituais podem oferecer empatia e atrair o telespectador que sente falta de conteúdos com propósito.
Além disso, abre espaço para narrativas mais sensíveis, que toquem o coração, algo que a sociedade precisa mais do que nunca.