





A atriz e artista plástica Dorinha Duval morreu nesta quarta-feira (21), aos 96 anos. A notícia foi confirmada pela filha da artista, Carla Daniel, através das redes sociais. A causa do óbito não foi revelada. 24135w
“É com tristeza, mas alívio, que nos despedimos. Mãe, avó, amiga e que nos trouxe bons momentos de alegria para o público brasileiro”, postou Carla, que pode ser vista em novelas clássicas como “Alma Gêmea”.
Dorinha foi um dos primeiros grandes ícones da televisão. Foi a primeira intérprete de Cuca “Sítio do Picapau Amarelo”, no final dos anos 1970, e deu vida a Dulcinea em “O Bem Amado”. A carreira foi interrompida em 1980, quando ela assassinou o marido sob alegação de legítima defesa.
Longe da televisão, Dorinha se dedicou a pintar quadros. Nos últimos 45 anos, fez raras aparições, como na novela “Belíssima”, de 2006, ou em um desfile de escola de samba Mocidade no Rio de Janeiro. Em 2001, lançou a autobiografia “Em Busca da Luz”. Dorinha deixa uma filha - Carla é fruto do casamento com Daniel Filho - e uma neta de 22 anos, Lys.
Dorinha estava casada com o publicitário Paulo Sérgio Garcia Alcântara há 8 anos. Na madrugada do dia 05 de outubro de 1980, a atriz, na época, com 51 anos, deu três tiros no terceiro marido após uma discussão. Ele foi socorrido, mas não resistiu.
No julgamento, Dorinha alegou legítima defesa e disse que era humilhada com frequência por Paulo. O principal motivo das ofensas, segunda ela, era a diferença de idade. Com 16 anos a menos que a atriz, ele dava em cima de mulheres mais novas e a xingava de “velha, feia e gorda”. A família do publicitário chegou a acusá-la de ter premeditado o crime.
Dorinha foi condenada a 18 anos de prisão em um primeiro julgamento, que foi anulado tempos depois. Já no segundo, a pena foi reduzida para seis anos. Ela ou oito meses na prisão no Rio de Janeiro, mas ganhou o direito a regime semiaberto e cumpriu toda a pena.