‘Algo assustador': há 38 anos e muito antes da eleição do Papa Leão XIV, Ilze Scamparini cobriu tragédia histórica no Brasil
Publicado em 9 de maio de 2025 às 11:30
Por Matheus Queiroz | Notícias dos famosos, TV e reality show
Jornalista por vocação, apaixonado por música, colecionador de CDs e neto perdido de Rita Lee.
Ilze Scamparini é correspondente internacional da TV Globo há quase 30 anos, mas, antes disso, cobriu eventos importantes do Brasil.

Ilze Scamparini é sempre associada à cobertura de eventos históricos ligados à Igreja Católica. Com a morte de Papa Francisco e o novo conclave, que elegeu o Papa Leão XIV, a jornalista teve mais uma oportunidade de mostrar toda sua expertise ao Brasil. O que muita gente não lembra é que, muito antes de se tornar correspondente internacional da TV Globo, a repórter cobriu diversos eventos históricos de seu país natal nos anos 1980. 14b5r

Ilze ingressou na Globo em 1984 e realizava reportagens para os principais telejornais da emissora, entre eles, o “Jornal Nacional”. No ano seguinte, fez sua primeira cobertura histórica: o Rock in Rio de 1985.

Foi em 1988, já como integrante do “Globo Repórter”, que Ilze cobriu o maior acidente radioativo fora de uma usina na história do Brasil: o caso Césio-137, em Goiânia. “Ver as pessoas que entraram em contato com o Césio-137 definharem e se encherem de feridas foi algo assustador. O enterro da vitimas no caixão de chumbo foi uma das imagens mais dolorosas pra mim”, lamentou, em depoimento publicado no site Memória Globo.

Ilze ainda cita a icônica série “Césio”, obra do artista plástico goiano Siron Franco, que denunciava o descaso das autoridades diante do desamparo dos cidadãos. “As obras do artista plástico Siron Franco com a terra de Goiânia avam uma emoção fortíssima, foram feitas naqueles dias de desespero e de tanta solidariedade, e é impressionante como a arte também possui essa capacidade de contar e denunciar”, recordou.

O ACIDENTE COM CÉSIO-137

Em setembro de 1987, catadores de ferro-velho encontraram um aparelho de radioterapia abandonado em uma clínica desativada. Eles desmontaram o objetivo, que continha uma cápsula com 19 gramas de Césio-137.

Mais de 6 mil pessoas foram atingidas pela radiação e quatro pessoas morreram na época, entre elas, uma menina de 6 anos, que foi a primeira vítima da tragédia.

No entanto, as sequelas são incontáveis. Um levantamento da Associação das Vítimas do Césio-137, de 2012, indica que 104 cidadãos morreram nos anos seguintes, em virtude de complicações da contaminação.  

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