





Em um espaço de menos de uma semana, José Luiz Datena deixou o SBT e foi contratado pela RedeTV! Em nota enviada à imprensa nesta terça-feira (06), a emissora informou que, em junho, o apresentador assume um novo telejornal, com “cobertura dos principais acontecimentos do dia, informação com credibilidade alinhada à prestação de serviço”. 3c5ty
Essa não é a primeira vez que Datena apresenta um programa na RedeTV!; a primeira agem, no entanto, foi bastante relâmpago. Ele assumiu o comando do “Repórter Cidadão” em 6 de maio de 2002 e no dia 24 de junho do mesmo ano, já estava de volta à Record TV.
Datena pediu demissão da Record em março de 2002, após um período de turbulência nos bastidores da emissora. Para contratar o repórter, que despontou na televisão quatro anos antes, a RedeTV! prometeu novos cenários, helicóptero, motos e equipe para seu programa, além de uma nova atração de variedades.
Na época, a emissora tinha poucos anos de mercado e almejava tirar da Record TV o terceiro lugar da audiência. “Vocês que estão acostumados a me acompanhar ao longo desses quatro anos fazendo o mesmo estilo de jornal podem contar aqui com a mesma independência. Talvez até um pouco mais, com a língua um pouco mais solta, falando por vocês”, disse Datena, na estreia do programa.
Apesar de não ter conseguido alcançar o terceiro lugar, a estreia de Datena na RedeTV! quase dobrou os índices de audiência.
Datena pediu demissão da RedeTV! sob alegações de condições de trabalho ruins e um “contrato imoral". O apresentador ainda acusava a emissora de não ter pago seu salário, o que o canal negou na época.
“Não tinha condições adequadas de trabalho lá. E o contrato que eles me deram era imoral! Depois de assiná-lo, percebi que a emissora não podia fazer o jornalismo que eu queria. Quis sair da emissora, mas, por causa do contrato, trabalhei obrigado”, justificou, em entrevista ao Estadão.
A RedeTV! ainda cobrou uma multa de R$ 5 milhões de Datena por quebra de contrato. Com a saída do titular, o “Repórter Cidadão” foi assumido por Marcelo Rezende e a atração seguiu no ar até 2005. Segundo informações do Estadão, a emissora manteve o mesmo nome para ajudar a consolidar a ideia de abandono de emprego, caso a emissora fosse à Justiça.