A jovem de 17 anos que itiu ter enviado um bolo com arsênico para Ana Luiza, sua amiga da mesma idade, relatou ter ficado "absolutamente chocada", arrependida e com vergonha após descobrir a morte da adolescente, ocorrida no domingo (1º) em Itapecerica da Serra (SP). Por outro lado, a menor foi acusada pelo pai da vítima de não esboçar nenhuma reação ao vê-la ando mal em casa. Ana Luiza morreu 20 minutos antes de chegar a um hospital, segundo relatório médico. 424f4e
O bolo foi enviado no fim da tarde de sábado e uma hora após ingeri-lo, a jovem começou a ar mal. A adolescente chegou a ser levada para uma unidade de saúde, porém recebeu alta pouco depois. Os sintomas pioraram no dia seguinte e, dessa vez Ana não conseguiu ser socorrida. Já a menor revelou ter enviado em meados de maio um outro bolo também com veneno para uma terceira garota, que foi internada, mas conseguiu escapar da morte.
+ filha de Paulo Cupertino reagiu à condenação do pai por morte de Rafael Miguel
À Polícia Civil, a jovem disse ter comprado o arsênico pela internet, por R$ 80, e relatou arrependimento: "Muita vergonha e peso na consciência por todo o mal que provocou". Segundo ela, sua intenção era que tanto Ana Luiza quanto a outra jovem, igualmente de 17 anos, "só sentissem sintomas ruins, tais como vômito".
Ainda de acordo com o depoimento da menor, ciúmes provocaram sua reação. Isso porque seus ex-namorados a trocaram pelas outras adolescentes. Apreendida na Fundação Casa, a adolescente citou arrependimento e alegou estar ando por "algum problema psicológico", acreditando que Ana Luiza iria se recuperar.
O caso que envolve Ana Luiza lembra muito o crime atribuído a Deise Moura dos Anjos no fim de 2024. Presa após envenenar um bolo e provocar a morte de três pessoas da mesma família perto do Natal ado, a contadora foi encontrada morta em fevereiro na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba (RS).
Deise colocou veneno na farinha utilizada no preparo do bolo, segundo a denúncia, e depois deixou uma mensagem bizarra dizendo que por conta da atitude não iria para o paraíso ao morrer. Aliás, essa atitude pode ter sido inspirada em lenda do século XVII.
