





[ALERTA: o texto a seguir pode conter gatilhos para vítimas ou pessoas sensíveis a assuntos relacionados a abuso sexual] 724e22
A Polícia Civil de São Paulo anunciou nesta segunda-feira (10) que Carlos Alberto Sousa, pai da adolescente Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, que foi brutalmente assassinada, está oficialmente descartado como suspeito no caso do assassinato de sua filha. Após uma análise minuciosa, não foram encontradas evidências que o liguem ao crime. As investigações agora se concentram em três suspeitos principais, sendo que um deles já está sob custódia policial. A investigação do caso foi transferida da delegacia de Cajamar para o Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro), sob o comando do diretor Luiz Carlos do Carmo, que assumiu a condução do inquérito nesta segunda-feira.
De acordo com o delegado, as apurações em curso buscam localizar o cativeiro onde Vitória pode ter sido mantida em cárcere e submetida a torturas. A polícia também aguarda o resultado de exames toxicológicos e análises das vísceras para verificar a possibilidade de abuso sexual antes do homicídio, além de realizar perícias no cenário do crime e testes com luminol em pontos pelos quais a vítima ou.
Carlos Alberto Sousa foi inicialmente incluído na lista de investigados devido a comportamentos considerados atípicos pelas autoridades. Entre os pontos levantados estavam contradições em seu depoimento e uma postura fria diante da tragédia. Registros telefônicos também mostraram ligações frequentes para Vitória no dia de seu desaparecimento, fato não mencionado anteriormente por ele. Além disso, logo após a confirmação da morte da filha, Carlos teria solicitado um terreno ao prefeito de Cajamar, atitude que levantou suspeitas entre os investigadores. De acordo com o portal Terra, esses elementos motivaram a inclusão do pai entre os suspeitos.
Após aprofundar as investigações, a polícia concluiu que não há evidências concretas que impliquem Carlos Alberto no assassinato de Vitória. As suspeitas iniciais não se sustentaram diante das provas coletadas, levando ao seu afastamento do rol de suspeitos. Segundo informações do site CNN Brasil, a decisão foi tomada após a análise detalhada de registros telefônicos e depoimentos.
Com o pai descartado, as autoridades direcionaram seus esforços para outros suspeitos. Maicol Antônio Sales dos Santos foi preso temporariamente após a perícia encontrar vestígios de sangue em seu veículo, um Toyota Corolla, visto nas proximidades do local do crime. A polícia aguarda os resultados de exames de DNA para confirmar se o sangue pertence a Vitória. Segundo informações do site O Globo, a prisão temporária de Maicol foi decretada por 30 dias.
Outros dois indivíduos estão sob investigação: Daniel Lucas Pereira e Gustavo Vinícius Moraes, ex-namorado de Vitória. Dados de telefonia indicam que os celulares de Vitória e Gustavo estavam na mesma área no momento do desaparecimento. Daniel, por sua vez, teria monitorado a rotina da vítima antes do crime e esteve presente em seu enterro, além de acompanhar algumas diligências policiais. De acordo com o portal UOL Notícias, as autoridades continuam a cruzar registros telefônicos para confirmar o envolvimento dos suspeitos.
Vitória Regina de Sousa desapareceu em Cajamar, São Paulo, após retornar do trabalho. Seu corpo foi encontrado uma semana depois, apresentando sinais de tortura e múltiplas facadas. A brutalidade do crime chocou a comunidade local e mobilizou as autoridades na busca por justiça. Segundo informações do site O Globo, a jovem foi assassinada com pelo menos três facadas e apresentava sinais de tortura.
Durante a cobertura do caso, a apresentadora Patrícia Poeta, do programa Encontro, foi alvo de críticas ao informar ao vivo a Carlos Alberto sobre detalhes da investigação, incluindo a possível identidade do assassino. A atitude foi considerada insensível por parte do público e especialistas em comunicação, gerando debates sobre ética jornalística. De acordo com o portal Notícias da TV, a família de Vitória, sentindo-se constrangida com a situação, decidiu processar a TV Globo e a apresentadora.
O caso continua em investigação, com a expectativa de que os culpados sejam identificados e responsabilizados em breve.