Virginia Fonseca é adepta de uma rotina intensa de exercícios e recorre até a um tratamento com gelo para a pele. Mas isso não impede a influencer, recém-separada de Zé Felipe, de conviver com uma doença crônica e sem cura e que a acompanha há algum tempo, já tendo lhe levado ao hospital mais de uma vez. 232i5w
Essa doença, alvo de campanha de conscientização nesse mês de junho, também já foi diagnosticada em Paula Fernandes e Claudia Raia. Essa doença é a enxaqueca, que aparece em segundo lugar no ranking dos diferentes tipos de cefaleia mas na primeira posição quando levamos em conta a procura por ajuda especializada.
"A enxaqueca impacta a vida das pessoas em diversos aspectos. Além da dor de cabeça latejante, o paciente fica mais sensível à luz, aos sons e ao barulho, sofre com náuseas e tontura e tem uma piora no sono, na atenção e na memória", explicou o dr. Tiago de Paula, neurologista com especialização em cefaleia, à imprensa.
O especialista alerta que a enxaqueca tem fator genético e mais presente em pacientes do sexo feminino. "Existe também uma questão hormonal. Hormônios como o estrogênio influenciam na sensibilidade e prevalência dos sintomas. Por isso, é mais comum em mulheres", prosseguiu, O profissional apontou ainda que o estilo de vida intenso contribui para a evolução da enxaqueca.
"(Alguém que está) sempre exposta a estímulos, sofre com grande estresse e não dorme direto tende a sofrer com crises mais frequentes e mais graves. A alimentação também pode favorecer uma piora da enxaqueca, principalmente aqueles alimentos que deixam o cérebro mais acelerado, pois trata-se de uma doença relacionada à hiperexcitabilidade cerebral", prosseguiu citando a pimenta vermelha, o café e o chocolate.
O profissional alertou ainda que os medicamentos acabam gerando efeito contrário. "Eles são cronificadores da enxaqueca. Esses medicamentos não tratam a doença de forma efetiva e, quanto mais remédios você toma, menos eles funcionam e mais dor você sente. É um quadro conhecido como cefaleia por uso excessivo de medicamentos", resumiu.
"Além disso, esses remédios podem prejudicar a eficácia dos tratamentos de primeira linha", reforçou, indicando ainda que um tratamento em conjunto com nutricionistas, psicólogos e fisioterapeutas é recomendado.
A isso se somam uma medicação específica, os Anti-CGRP. "Eles bloqueiam o efeito do peptídeo relacionado ao gene da calcitonina (CGRP), que contribui para a inflamação e transmissão de dor e está presente em maiores níveis em pacientes com enxaqueca", apontou.
Por fim, o uso de uma tecnologia baseada em neuroestimulação também traz bons efeitos. "Essa tecnologia promove uma estimulação elétrica transcutânea do nervo trigêmeo, diminuindo a transmissão de sinais de dor e reduzindo a excitabilidade cerebral, o que contribui para a redução da intensidade e da frequência das crise